03 setembro 2007

Flerta inconsenquentemente,

esquecendo-se das feridas abertas.

Brinca com sentidos,

E nem se incomoda com as magoas que deixa pra trás.

Desfruta de suas malicias, ignorando marcas indeléveis,

Profundas, naqueles que cruzam seus tortuosos caminhos!...

É a tênue luz, o sol noturno, em uma noite sem lua,

É também a queimadura que arde em chagas

Sem pudor, nem piedade.

Flerta e brinca, provoca, incomoda...

Sufoca e inebria!

Envolve em seu manto de véus...

Prende, encasula em suas teias

Invisíveis e fortes fios de prata manchados de carmim.

Eleva-se,... enleva

Deleita,... rejeita.

É cria noturna

Que de dia claro se traveste...

Metamórfica, se cobre de encantos e delírios.

Envenena e cura

Cura e machuca

Lambe a ferida, verte rubras lagrimas

Falsas como a culpa que diz sentir.

Abraça e retalha seus amores (presas indefesas).

É forte, é frágil, idolatrada.

Não se faz rogada.

É rainha, é menina

Vampira, e tão pura alma que ofusca.

Enlouquece, ensandece

Seduz

Relata seus atos que pensa secretos

Vela, zela, cospe

Não mais quer.

Cansou.

Enjoou.

Altera-se, nem demonstra.

Sorri.

Continua a flertar... Brincar...

Procura, e não quer encontrar.


Mahare 03/09/2007