16 setembro 2006

Doce entrega

Aos cuidados de Morfeu
Abandona-se na entrega
Num segundo atravessa continentes
Livrando-se dos grilhões da consciência
Abrigada pela caverna, esconde sua insegurança
Deixando-se levar por trilhas desconhecidas
Confiando ao guia seus passos...sua vida...sua morte.
Tênue linha separando sua alma da matéria
Claustrofóbica treva, revestindo as paredes
Só o verde dos olhos iluminando
Espada flamejante guardando a entrada
Na espera do convite para entrar
Anjo negro que confunde
Controlando a distancia a velocidade da corrente sanguínea
Elevando o nível da adrenalina
Justificando as convulsões
No reino onírico dos sonhos
Ninguém vigiando, somente eles dois
Ela e seu guia...carrasco, perverso ,sedutor.


Mahare 04/2005