Sinto meu corpo se desfazendo
A matéria que não quer se reagrupar
Aos poucos vou sumindo
Do alto vejo aquele vaso que já habitei
Um casco oco sem vida...
Sinto a razão me abandonando
Ilusões preenchem locais antes ocupados pela consciência
Aos poucos vou enlouquecendo
De um canto escondido vejo tudo ...
A insanidade é a dona absoluta!
Sinto meu coração pulsando,
Pulsando morosamente, querendo parar.
O sangue, um champanhe borbulhante,
Percorre lentamente, congelando suavemente
cada veia, cada artéria, toda matéria...
Sinto meus ossos queimando,
Ardendo no inferno contaminado
Virando cinzas, que o vento faz voar!
Eu vejo a boca que sopra pensando curar feridas...
Jogaram fora as chaves que trancafiam minha cela.
Mahare - 29/08/05
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