15 agosto 2010

Passional

Punhal enferrujado
Enterrado no peito
Ferindo, infeccionando
Banhado em cianureto
Cravejado de espinhos
Envenena em múltiplas partículas
Cutuca
Não cicatriza
Dor insana irracional
Ladra de toda cor
Faz sufocar, oprime
Perturba
E dela brota a escuridão

14 agosto 2010

Insustentavel...

O ontem não acaba.
e o amanhã parece distante
hoje inexiste na sala de espera;
O silencio cresce e alastra-se no peito
não é alento a angustia que fere e queima
e assim sem prumo, vazia, sem rumo
segue os dias suspensos
no aguardo de sua cura... de futuro incerto.

15 abril 2010

alma desnuda

Criatura de verdes olhos
que assombra meus pensamentos
envenena sem compaixão
despedaça minha força
em lascas de lamentos
pedaços que não mais retornam a sua forma anterior
espalham-se pela terra rachada

manchada de sangue
pelas pegadas de meus pés descalços.
Somente um golpe, ser sombrio, nefasto
e toma pra ti minha razão
minha essencia
que me enganava com resiliencia
se esvai, sem luta
traindo minha fé
que pensava ser verdade


amargo blues

"secas rosas enegrecidas,
no entanto seus espinhos ainda ferem
sua beleza ja se fora
seu perfume antes enebriante, inexiste
e seus espinhos, feito laminas de aço
ainda fazem sangrar

o encanto que outrora exercia, abandonou-a
agora a dor é seu legado
alforriada ainda assim chora
fragil suas petalas desmancham
mas seus espinhos permanecem carrascos."